10 de abril de 2011

SONETO DA METRÓPOLE GLOBALIZADA


Cidade flamejante, rua ardente.
Tribos atrás da oferta inesgotável
De obter um simulacro razoável
De vida, neste lodaçal de gente.

Tudo é som, cor, contatos visuais
Precários. Tudo se vende ou se aluga.
A globalização promove a fuga
Desses novos atores sociais:

Catadores de lixo, marginais,
Muambeiros nas calçadas, pivetes
Falando inglês, garotas da internet,

Milícias, michês de corpo sarado...
São os restos gerando capitais
Na cidade sob a lei do mercado.

Manoel Olavo

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VENTO ELÍSIO

Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...