Não sei se o que sinto agora
É só uma lembrança
Ou se me domina
A mesma angústia
De outro tempo
Se me dói
Recordar um tempo ido
Um homem despedaçado
Milhões de sonhos
Que com ele naufragaram
Então foi essa música
Esse aperto no meu peito
Um ramo
De passado incerto
Ao ouvi-la
Penso no que fui
No que sou agora
No que se quebrou
Durante o intervalo
Quase tudo acabou
A música contudo permanece
No lugar em que você
Resiste estarrecido
Segue pistas
Desenha rotas
Na maré vazante
Encerra o tempo
Numa sétima maior
E disfarça
Para não chorar
Manoel Olavo
a vibração quase triste desta canção-poesia a ecoar nos recônditos de mim!
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