12 de novembro de 2016

POR MARES NUNCA DANTES NAVEGADOS




Assim, enquanto o mar oscila sob a luz cintilante,
Permanecemos a postos para promover o combate
Das palavras – a perpétua necessidade de contar,
De modo renovado, histórias de fundadores que,
Com seu engenho e arte, delimitaram os muros da
Nossa aldeia. Nada se perdeu, nem quando os bárbaros
Nos acossaram. É clara a nossa lusa cartografia.
Contudo, pudemos expandir os limites do reino
Criado por aqueles que chegaram antes de nós,
(Homens que nos legaram o que sabiam nomear)
E talvez singrar por mares nunca dantes navegados.

Manoel Olavo

VENTO ELÍSIO

Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...