16 de dezembro de 2012

A VIDA INTEIRA




                                  “Omnes feriunt. Ultima necat”.


A vida inteira
Cercado pela morte
Ofuscado eu via

Águas águas
Aves mortas
Sinais esparsos

A vida inteira
Cercado pela morte
Eu evitei
Tamanha altura

Amar-te e morrer
É o que importa
Poder olhar-te

São anjos?
Legiões?

Não. São pássaros
Batendo as asas
No último suspiro


Manoel Olavo

14 de dezembro de 2012

NO DESESPERO


No desespero
Não sei se ouso
Não sei se uso
Não sei se sonho

No desespero
Não sei se tento
Não sei se dentro
Não sei se fora

No desespero
Não sei se rondo
Não sei se rumo
Não sei se bossa

No desespero
Não sei se espelho
Não sei se inteiro
Não sei se agora


Manoel Olavo

VENTO ELÍSIO

Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...