13 de dezembro de 2010

VENTO



Como um vento
A roçar de leve
Ouço teu nome
Me dizer assombros

Como um sinal
Um súbito raiar
De claro-escuro

O espanto de
Se ver lá fora
Que é de manhã

Estive demais
Em tudo, saltei
No coração das coisas

Agora é silêncio
Outono de amor
E espelhos quebrados

O resto é luz, fendas
Cansaço de viver
E uma imensa
Obscuridade
Branca


Manoel Olavo

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