Seu rosto não é meu
Mas eu relevo. Seu
Corpo não vem
Mas pouco importa.
Embora seus olhos
Não me fitem único,
Os dias não sejam bons,
E você de fato não exista,
Nem eu possa tocar suas
Mãos sob a mesa,
Embora eu nem
Ao menos fale nisso,
Disfarce, cantarole,
Ignore sua ausência,
Embora essa gente nula,
Morna, incompetente,
Embora tudo esteja aqui
E não me baste, embora
O dia não traga a boa
Nova, que seria vê-la,
Eu respiro fundo, me calo,
Relativizo a dor e os fatos,
Pressinto a dádiva
E levo seu olhar adiante.
Manoel Olavo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
VENTO ELÍSIO
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
A nau - Debaixo dela Um mar de Rochedos e rotas Ondas Do mar: Um cristal Que se rasga A mão Inclinada Fende a Superfície ...
-
Inverno Na dureza das palavras Inverno No breviário das sombras Inverno No equilíbrio das somas Inverno Lendo os próprios pensamentos Inver...
-
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
Manoel é engraçado...ás vezes uma frase, um verso acaba nos dando um poema inteiro. aquele "há sem dúvida "do teu mural foi minha inspiração para um outro poema "Gosto de saudade" e este seu "embora" está belíssimo! meu carinhoso abraço pra ti
ResponderExcluir