17 de junho de 2010
DORME AMADA
Dorme, amada
É cedo ainda
Seus olhos devem repousar
Dorme, amada
Enquanto velo
Para que não tenha medo
Para que seu corpo não encontre dor
E fique junto do meu corpo
Dorme, amada
É cedo ainda
A ternura nos embala
Um arremedo de sol
Entra pela fresta
Tudo está em nós
E brilha
Meus olhos semicerrados vêem
A luz se derramando em sua pele
Dorme amada
É cedo ainda
Antes dos dias maus
Das noites a sós, das palavras duras
Antes que as memórias sumam ou se calem
Dorme, amada
Pois zombamos
De que, um dia, algo nos desfaça
Pensos no céu
Aves azuis, nós dois
(um único ser
indiviso e ímpar)
Rodamos e seguimos juntos
Dentro da manhã que rompe a treva
Manoel Olavo
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