De uma peça de L. Pirandello
Não, as coisas não são
Como parecem ser
Não vale a palavra impressa
Nem a imagem em movimento
Não vale a exibição pública
Nem o ato de protesto
Até o corpo, a mais íntima
Matéria, torna-se falso
O que vem logo se perde
O que fica cedo parte
O que se tem não denota
Tudo é farsa à nossa volta
É preciso manter
Cada um na sua concha
Deve-se estar vazio
Atrás de um sentido
O gesto de amor
O nicho de paz
Nada disso conta
Nada disso importa
Nada é como aparenta
Assim é se lhe parece
Manoel Olavo
20 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
VENTO ELÍSIO
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
A nau - Debaixo dela Um mar de Rochedos e rotas Ondas Do mar: Um cristal Que se rasga A mão Inclinada Fende a Superfície ...
-
Inverno Na dureza das palavras Inverno No breviário das sombras Inverno No equilíbrio das somas Inverno Lendo os próprios pensamentos Inver...
-
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.