19 de dezembro de 2009

VOCÊ SE DERRETE EM MIM

Amo em você
Essa paixão sôfrega e sedenta

Os lábios entreabertos
As pernas entreabertas
A saliva derramada em nós

Seu corpo nu me inspira
Tesão interminável

A língua desliza mansamente
Por vales da sua barriga
E lhe descobre os pelos

Eu me detenho e lambo
O recôndito das coxas

Dedos ágeis desvendam
Seus cantos e fendas

Súbita a rubra flor
Colada em minha face

Inspeção de línguas
De sucos e de lábios

Meus dedos tocam o seu desejo
A língua inteira que penetra
Enquanto você se derrete em mim


Manoel Olavo

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