O amor fugiu
Deixou a casa
A rua, o tomo:
O amor sem dono.
O amor perdeu
A cara, o mote
O rito, o teto:
Vai circunspecto.
O amor entrou
Em balancetes
Telas e telões:
Tem suas razões.
O amor está
Em pleno olvido:
Nunca lembrado
Ama exilado.
O amor não sabe
Mas quem o acha
Eriça a pele
Só pensa nele.
O amor requer
Silêncio e muita
Intimidade:
Ser à vontade.
Cativa os ventres
Encharca os rios
No fim de agosto:
O amor dá gosto.
O amor assusta
Pois muita gente
Se mostra frágil
Ao seu contágio.
O amor se foi
Mas sempre volta:
Ao ser chamado
Torna-se alado.
Manoel Olavo
13 de dezembro de 2009
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