19 de dezembro de 2009
POESIA
O céu fica intangível
E o ar irrespirável
Se vives ao relento.
Costura com teus versos
A angústia originária.
Constrói um mar de frases
Um arroio, uma tela
Onde a letra soletra
Em fogo brando até o
Pensamento encontrar.
A poesia vem assim
Como libertação:
Verbo denso, maneira
De sonhar, de parar
O tempo e o deus da morte.
Poesia, eu te criei
Imaginariamente
Sem culto ou irrisão.
Há mais na vastidão
Do que podes mostrar.
Manoel Olavo
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