13 de julho de 2011

E VIERAM TANTOS



E vieram tantos
Fatos que jamais
Sonhara: dormir
Num catre, morrer
Sozinho, captar
As vozes do além,
Amar nebulosas,
Ver um anjo no
Espaldar ou sangue
Na faca. Lembrar
Da face imprudente
Quando não sabia
Nenhuma das coisas
Que já desvendou.
Dentro de você
Era  Prometeu,
Ressonante sombra,
Pedra contra pedra,
Hoje menos pétrea,
Mas ainda farpa
Ao toque de alguém.

Manoel Olavo

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