20 de março de 2010

SONETO DE AMOR

Se a chama da paixão queimando o peito
É um fogo que destrói alguns amantes
O que dizer do amor que não tem jeito
- Destino de um casal vindo de antes?

Pois se porventura o amor é expressão
De um desejo ancestral de estarmos juntos
Não desejaremos ter a solução
Do enigma que ainda vencerá a muitos.

Ama-me, então, em paz - e isto seja tudo!
Não há bem maior do que fazê-lo às claras.
Teu corpo despir e explorá-lo mudo

É remeter pro além mensagens raras
Dizendo que este par em nosso leito
Sabe que o amor é gesto, é mito, é feito.

Manoel Olavo

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