1 de abril de 2012

CALMARIA

Sem ti eu trovejei
Por noites de cristal
Fiz bobagem à beça
Tomei veneno
Cortei os pulsos
Dei trabalho aos amigos
Perdi até as calças
Quis viver em claustros
Eliminar instintos
- O coração plantado sob a terra -

Bem feito, coração!
Quem mandou?

Agora, esse oceano Pacífico
Essa calmaria
Esse tom de mar
E nostalgia

Onde? Em seu olhar, é claro...

Em seu olhar:
Elemental como uma fada
Como um artefato, um alaúde
Que fica além além
Da breve bruma
Que tal brisa leve


Manoel Olavo

Um comentário:

  1. Impossível não imaginar mil cenas e uma discussão infindável sobre as impressões de suas palavras..
    Rico, rico... como sempre.

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