Como ter-te? Se prender-te,
Impedir teu voo livre,
É temer-te e não amar-te?
És como o vento: tu partes.
Na verdade, quase danças,
Solta no ar, bailarina;
Vais por aqui, por ali,
Entre o mar e o espelho d´água.
Não prender teu riso claro,
Nem roubar teu sonho leve.
Deixar-te ir, simplesmente:
Tua alma nunca se cansa.
Nua em pelo, és irreal
Como uma ninfa, uma ave.
Borboleta que, no ar,
Sobrevoa, pousa e parte.
Adeus, adeus, borboleta,
Solta entre o sol e o incêndio.
Leva-te o vento ao mais alto
Céu de morte e nascimento.
Teu olhar de verde água
Faíscas de azul e cinza.
Teu olhar, meio de lado,
Longe do meu para sempre.
Manoel Olavo
16 de março de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
VENTO ELÍSIO
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
A nau - Debaixo dela Um mar de Rochedos e rotas Ondas Do mar: Um cristal Que se rasga A mão Inclinada Fende a Superfície ...
-
Inverno Na dureza das palavras Inverno No breviário das sombras Inverno No equilíbrio das somas Inverno Lendo os próprios pensamentos Inver...
-
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.