27 de maio de 2010
CACHOEIRA
Sob um céu
Espesso e rude
Desfiz os olhos
E me lembrei
Da infância
Fiz mais:
Lembrei da
Cachoeira
Fonte do alto
Batendo o
Corpo duro
Das pedras
Azul e luz
Frio vapor
De água
Cobrindo
O sol
A coluna líquida como
Um mastro de cristal
Minha alma
Fluindo
Pelos séculos
Sob as águas
Cachoeira:
Eu quis tê-la
Mas só pude lembrá-la
Meu Deus: será que as memórias morrem?
Manoel Olavo
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Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
Se fechar os olhos vai poder também sentí-la e ao sentí-la saberás que os sonhos não morrem. Carinhoso abraço
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