Vi em teu olhar
O mesmo brilho.
Faísca, fato adiado.
Fagulha do amor
Suspenso no céu
À espera de nós.
Chamar-te, agora,
Amor!, enfim dá nome
Às coisas. Faz-te real,
Não mais fugaz nem
Adiada. Pois eu te sabia:
Moravas em mim, saber
Secreto, recôndito desvão
Na alma. Estavas sobre
A cama solta, nas entranhas
Da dor, no tempo que
Passava te esperando.
Eras andar de sonho,
Presença conhecida,
Sopro de luz e palavras.
Estavas aqui, Amor.
Éramos um. Espelhos.
Manoel Olavo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.