Num quarto pequeno, de poucos
Móveis, quatro paredes brancas,
Piso de madeira gasto, sozinho,
Num quarto em Santa Tereza,
Sem nenhuma esperança,
Num tempo quase sem passar,
Veio a ideia: agarra as imagens,
Poeta, até as esparsas. Salve-as.
Ponha-as no papel, na materialidade,
E ouve o som, o som que se anuncia
(Há uma voz ali, meio abafada).
Assim nasceu a clareira da palavra,
O ato de abissal transbordamento.
Manoel Olavo
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