Seu rosto não é meu
Mas eu entendo. Seu
Corpo não vem
Mas pouco importa.
Embora seus olhos
Não me fitem único,
Os dias não sejam bons,
E você de fato nem exista,
Nem eu possa tocar suas
Mãos sob esta mesa,
Embora eu nem
Ao menos fale nisso,
Disfarce, cantarole,
Ignore sua ausência,
Embora esta gente nula,
Morna, incompetente,
Embora tudo esteja aqui
E não me baste, embora
O dia não traga a boa
Nova, que seria vê-la,
Eu respiro fundo, me calo,
Relativizo a dor, o fardo, os fatos
Pressinto a dura dádiva
E levo seu olhar adiante.
Manoel Olavo
28 de agosto de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
VENTO ELÍSIO
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
A nau - Debaixo dela Um mar de Rochedos e rotas Ondas Do mar: Um cristal Que se rasga A mão Inclinada Fende a Superfície ...
-
Inverno Na dureza das palavras Inverno No breviário das sombras Inverno No equilíbrio das somas Inverno Lendo os próprios pensamentos Inver...
-
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.