10 de agosto de 2010

SONETO DO AMOR-ALÉM

Sou eu quem há vinte anos procuro
Algum vestígio seu mas não consigo
Encontrar em alguém o que persigo
De unicamente seu. Assim juro

Que lhe serei fiel e, persistente,
Seu rastro hei de seguir com todo empenho
Pois o prazer depois premia o engenho
De conquistá-la, ó minha parte ausente,

Sal do meu ser, definitivo cântico.
Sem ter você, eu menti. Imaginei
Um amor burguês, outro amor romântico,

Todos meros simulacros. Mas quem
Me traz o amor com que jamais sonhei
É apenas você, meu amor-além.


Manoel Olavo

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