17 de agosto de 2010
SILÊNCIO
Não há mapa. No entanto procurava
Em tudo um lar. Em tudo a lembrança
Da primeira casa.
Apolo em seu carro
Sonhava o engaste do ser, o céu de asa
Flamejante, o sol, a porta sem aldrava.
Queria união mas nada veio.
Luz excessiva na manhã.
Voo cego. Cristal partido.
Ouça-me: se existe um lar
Ele não está nas coisas.
Impossível romper esse
Véu que separa os seres.
Não é conceito
Nem condenação:
É apenas silêncio.
Manoel Olavo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
VENTO ELÍSIO
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
Nas mãos O gesto mínimo Adiante O labirinto Letras gotejando Pelas fendas E as mãos Sob um céu De ve...
-
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
Cada minuto passa E fico mais antigo. O corpo é território Que levo comigo. Cada minuto passa E, indene, a carne fria Tem a consistência Do ...
Esplêndido Manoel! Profundo e de uma beleza incomparável! bjos.
ResponderExcluir"Ouça-me: se existe um lar
ResponderExcluirEle não está nas coisas.
Impossível romper esse
Véu que separa os seres.
Não é uma condenação
Nem um conceito:
É apenas silêncio."
Muito belo, Manoel.. há profundidade..muita beleza nessa constatação do silêncio que, penso, é importante existir entre os seres. Bjo, Denise