Irão voltar, não importa.
Como um antigo querer
De passagem, bate à porta.
As coisas faladas por mim
São como espelhos: quebráveis.
Esboços antes do fim,
Começos intermináveis.
As coisas que eu vou dizer
Noves fora o seu sufoco
Me ajudam a percorrer
O caminho onde me movo.
As coisas que eu vou falar
Anunciam tanto drama
Que conseguem disfarçar
A dor que dentro derrama.
As coisas ditas assim
Palavras perdendo a brasa
Silenciaram por fim
Memórias rondando a casa.
Manoel Olavo
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