Jamais ele tocou
Mas bem conhece
O balcão das cinzas
A voragem das horas
O ouro em pó
Os fenômenos naturais desenfreados
As esculturas imóveis
O prumo que vai e volta
A poeira cobrindo os corpos petrificados
Ameias e colunas guardam a rua
Protegem os passos lentos
De arroubos juvenis durante a caminhada
Caem flechas parecendo gotas
A cabeça no cepo
O elmo o carrasco
No entanto
Ele se move
Por trás de tudo
O caminho
(Ritmo único)
Ubíquo signo
Que ele não imaginava
E sequer tocou
Jamais tocou
Mas bem conhece
Logo
Abaixo
Ela pende
E reverbera
Ela: a intocada
Manoel Olavo
11 de julho de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
VENTO ELÍSIO
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
-
A nau - Debaixo dela Um mar de Rochedos e rotas Ondas Do mar: Um cristal Que se rasga A mão Inclinada Fende a Superfície ...
-
Inverno Na dureza das palavras Inverno No breviário das sombras Inverno No equilíbrio das somas Inverno Lendo os próprios pensamentos Inver...
-
Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.