1 de setembro de 2010

TUDO ESTÁ FEITO



Não faz sentido
A vertigem
Do poema

Tal feito
É impossível
Agora

A cornucópia de letras
Jorra
Em segredo

Um silêncio oculto
Dorme
Na sentença

Nada incorpora
Antes que lhe
Escape
Opala
Caos
Olho arregalado

A palavra vibra
Se mexe
Preci(o)sa rara

Suave demais
(O som)
A voz modula
E a palavra
Vaza

Será um Deus ex-machina?

Um silêncio oculto vem
Foge da sentença
Morre com ela
Na forma
Costumeira
De palavra

Não seja pétala
Mas teorema
Minha maneira
De obtê-la

Tudo está feito:

Ave!
Luz iridescente
Vestígio
Enlace

O poema alça voo
E lança-se nos ares

Manoel Olavo

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VENTO ELÍSIO

Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...