5 de dezembro de 2019
POENTE
Deus se escondeu num aparato de vidro
E as coisas de mim se despediram
Pois tudo é mortal, o amor passa
E o passado tem a sua hora.
Assim perdi minha inocência.
Ao tribunal, levo comigo
O inferno dos erros repetidos.
Esvaziado e livre de mistérios
Meu olhar finalmente se interroga
Mas, nascituro, pouco vê.
Deus se escondeu de mim
Apesar do esforço dispensado
E o mundo não se transformou.
Exceto essa vontade de esquecer,
De desistir, de explodir na rua,
Dor da minha alma sem rumo
[nem sextante.
Manoel Olavo
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