Só sei que
De longe
Eu te adivinhava
Sabia de ti
Menina solitária sobre a pedra
Sempre pensando
Podia te ver
Onde a dor te enclausurava
E ninguém mais sabia
Sabia do pomar, da varanda
Das flores no teu recato
Sabia de um jardim silencioso
Que não se pode conhecer
Mesmo assim, sabia
E te seguia à espreita
Com o que existe em mim
Com meu amor, minha falta
Vidente, eu te sabia
Quando enxergava
A primeira estrela em cima do pinhais
Aldebarã, na luz do meio-dia
- Somente tu e o teu segredo
Manoel Olavo
25 de maio de 2011
15 de maio de 2011
EU TE ESPERAVA
Eu te esperei na noite fria
Quanto tudo era oculto
E o mundo começava
- Amor, eu te esperava.
Nas águas do fundo
Da vida que nasce
Nos ventres e pomos
- Amor, eu te esperava.
Num dossel de luz
Nos pedaços
Das primeiras palavras
- Amor, eu te esperava.
Nas revoadas no céu
Depois do breu e da
Tormenta dissipada
- Amor, eu te esperava.
Nas explosões de lava
Nos corais azuis, nas algas
No teto da antiga sesmaria
- Amor, eu te esperava.
No estuário comum
Fonte do mesmo rio
Alma da mesma água
- Amor, eu te esperava.
Manoel Olavo
Quanto tudo era oculto
E o mundo começava
- Amor, eu te esperava.
Nas águas do fundo
Da vida que nasce
Nos ventres e pomos
- Amor, eu te esperava.
Num dossel de luz
Nos pedaços
Das primeiras palavras
- Amor, eu te esperava.
Nas revoadas no céu
Depois do breu e da
Tormenta dissipada
- Amor, eu te esperava.
Nas explosões de lava
Nos corais azuis, nas algas
No teto da antiga sesmaria
- Amor, eu te esperava.
No estuário comum
Fonte do mesmo rio
Alma da mesma água
- Amor, eu te esperava.
Manoel Olavo
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