24 de agosto de 2013

A VIDA INTEIRA



A vida inteira
Refém da morte
Preso na trilha
Da mala sorte

Rasgar o manto
De rei menino
Guiar o barco
Do desatino

Tomar de assalto
A estrela falsa
Erguer o voo
Que a asa alça

Andar às cegas
No seu encalço
Rodar veredas
Com passo falso

Desastre largo
Sem par nem porto
Amar o amargo
No mar da boca

A vida inteira
Saudade louca
Viver na beira
Da vida pouca


Manoel Olavo

VENTO ELÍSIO

Lento e minucioso meu sopro caminha Por seu corpo nu pele branca à mostra. Eu, Elísio, vento soprando na fresta Inspeciono cada ponto oculto...